Em abril de 2025,a Itália atacou em força: o CBD foi oficialmente reclassificado como substância controlada, ao mesmo nível que os estupefacientes.
👉 O resultado: uma onda de choque em todo o sector, desde os produtores locais até aos consumidores regulares.
Com esta decisão, o governo italiano pretende limitar drasticamente o acesso aos produtos à base de CBD (óleos, cápsulas, flores, etc.), que passarão a estar limitados às farmácias e apenas disponíveis mediante receita médica.
Trata-se de um golpe para um mercado em expansão... e uma decisão que já está a causar debate muito para além das fronteiras italianas.
Uma alteração legislativa importante⚖️
Esta reviravolta baseia-se numa decisão administrativa que aplica o decreto presidencial de 9 de outubro de 1990, reclassificando o CBD apesar das provas científicas acumuladas que demonstram que não tem qualquer efeito psicoativo.
Uma decisão que chocou profissionais e consumidores e que reabriu o debate sobre a gestão política dos produtos derivados do cânhamo.
Reacções e desafios jurídicos: uma indústria sob pressão
O anúncio da proibição do CBD causou um alvoroço entre os operadores italianos do sector.
👉 Produtores, retalhistas e associações de defesa dos consumidores denunciam esta decisão brutal, que ameaça não só milhares de postos de trabalho, mas também os direitos dos utilizadores.
A associação Imprenditori Canapa Italia (ICI) reagiu imediatamente, apresentando um recurso junto do Tribunal Administrativo Regional do Lácio (TAR) para contestar esta legislação.
⚖️ Em que se baseiam os teus argumentos?
Falta de provas científicas: o CBD, em doses adequadas, não causa dependência nem é psicoativo.
Benefícios reconhecidos: estudos mostram que pode ajudar a aliviar a ansiedade, a dor crónica e a melhorar o sono.
Isolamento europeu: enquanto o resto da Europa mantém o CBD dentro de uma zona legal regulamentada, a Itália corre o risco de se isolar de um mercado em crescimento.
Consequências para a indústria: um duro golpe para as empresas locais
Antes da proibição, a Itália era um dos mercados de CBD mais dinâmicos da Europa.
A procura de produtos naturais e suplementos de bem-estar estava a crescer de forma constante.
Mas com esta nova legislação, todo um ecossistema económico está em risco.
Quem é mais afetado?
👉 Pequenas empresas locais: lojas especializadas, produtores artesanais, vendedores de cremes, óleos, cápsulas, etc. Todos correm o risco de sofrer perdas maciças ou mesmo de encerrar subitamente.
👉 Retalhistas: aqueles que abraçaram apaixonadamente o sector do CBD vêem a sua atividade ameaçada, não podendo vender os seus stocks legalmente.
👉 Exportações: o comércio com outros países europeus está a tornar-se incerto, uma vez que muitos podem estar relutantes em negociar com uma Itália que se tornou ultra-restritiva em relação ao CBD.
O contexto europeu: a Itália contra a maré
A Itália não é o único país da Europa a regulamentar o CBD, mas a sua proibição total sem receita médica contrasta fortemente com as posições dos seus vizinhos.
👉 França, Alemanha, Reino Unido, Países Baixos: todos autorizam a venda de produtos à base de CBD (óleos, flores, cosméticos, e-líquidos) em lojas especializadas e em linha, desde que respeitem os limites legais de THC (geralmente inferiores a 0,2%).
O TJUE: um apelo europeu à ordem
Recentemente, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) proferiu uma decisão clara:
Um Estado-Membro não pode proibir a venda de CBD se não houver risco comprovado para a saúde pública e se o produto estiver a circular legalmente noutro país da UE.
Com a sua nova legislação, a Itália vê-se isolada dos seus parceiros europeus.
👉 Por isso, muitos observadores acreditam que o atual processo judicial poderá obrigar o Governo italiano a rever a sua posição.
O debate científico: porque é que o CBD não é um narcótico
Um dos principais argumentos apresentados contra a proibição italiana é simples: falta de base científica.
Ao contrário do THC, o CBD :
não é psicoativo,
não altera o estado mental,
não é viciante.
Pelo contrário, numerosos estudos sublinharam as suas potenciais virtudes: uma tal decisão não só é injustificada, como poderia constituir um retrocesso em termos de saúde pública.
Olhando para o futuro: o que acontece a seguir?
Apesar da proibição chocante, nem tudo está acabado em Itália.
O recurso apresentado pelaAssociação dos Empresários do Cânhamo e por outros intervenientes no sector já deu uma trégua temporária: o Tribunal Administrativo Regional (TAR) suspendeu a aplicação do decreto.
👉 Uma data importante a não esquecer: 24 de outubro de 2025.
Nesse dia, uma audiência determinará se o decreto é mantido, anulado ou revisto.
Esperança de uma regulamentação mais inteligente
Muitos defensores do CBD esperam que este choque legislativo funcione como um gatilho, não para enterrar a indústria, mas para :
Pensa numa regulamentação mais flexível,
Utiliza dados científicos recentes,
E abre um verdadeiro diálogo europeu sobre o futuro do CBD e dos produtos à base de canábis.
Conclusão: a evolução da situação deve ser acompanhada de perto
A proibição do CBD em Itália marca um ponto de viragem importante para o futuro da canábis legal na Europa.
👉 Enquanto a Itália se encontra numa encruzilhada legislativa, a indústria do CBD continua mobilizada para defender os seus direitos e garantir o acesso legítimo, seguro e regulamentado ao canabidiol.
A ação judicial em curso poderá não só moldar o futuro do mercado italiano, mas também influenciar futuras decisões europeias.
Em suma, o caso italiano não é apenas local: está a abrir um debate continental sobre o futuro da CDB.
Na CannaHouse, manter-te-emos informado, porque o bem-estar natural merece mais do que um passo atrás.